Calabouços densos e mal iluminados, povoados por criaturas da escuridão. Magia. Guerreiros, magos e necromantes. DRAGÕES. Lançado em 1994, Slayer é um RPG exclusivo da franquia Advanced Dungeons & Dragons para o 3DO que traz todos estes elementos reunidos, com um desafio ajustável e um gameplay equilibrado.
Não há bem uma, na verdade. Você explora dungeons, evolui seu personagem através da coleta de ítens e combate e no final há um chefe poderoso lhe esperando. Esta simplicidade pode afastar alguns jogadores, isto é certo. Porém o brilho do título está em outros aspectos.
À Escolha do Freguês
Uma das coisas mais interessantes sobre o game é a customização, você nunca jogará o mesmo jogo duas vezes. O engine redesenha os labirintos a cada nova partida, sempre baseados em uma "seed" com 8 caracteres gerada de forma randômica ou mesmo uma criada por você. O número de fases do calabouço pode variar entre 10 e 20, sendo uma escolha sua os modelos e a densidade de armadilhas, lava, veneno que você vai encontrar por fase, bem como a quantidade e o tipo de monstros que estarão nelas. É possível inclusive jogar uma partida inteira dentro de labirintos gerados a partir do nome da sua sogra (jogadores hardcore aprovarão essa).
Uma vez iniciado o jogo, você é apresentado a escolha de personagens, que são 6: Anão, Elfo, Meio-Elfo, Halfling, Gnomo e Humano. Após a escolha do tipo físico, escolhe-se as classes que são: clérigo, lutador, mago, paladino, caçador e ladrão. E ainda é possível combinar essas classes, criando sub classes poderosas. Definido o seu personagem você tem acesso a diversas telas para escolha de atributos montando um personagem ao seu gosto. Depois disso é a vez da definição dos elementos do dungeon que será gerado. Pode parecer até um pouco cansativo, mas na verdade não é. E você sempre pode escolher um personagem pré pronto, mandar o game montar um dungeon automático, baixar o elmo e partir para a batalha.
Falando em batalha, você encontrará 38 tipos de inimigos nas masmorras de Slayer, cada um com suas particularidades, ataques e fraquezas. Para enfrentá-los haverá armas, feitiços e equipamentos espalhados pelas fases, e você deve procurar muito bem por elas, pois alguns inimigos só são feridos com artefatos de determinado nível e outros morrem apenas por armas mágicas.
Menu principal, criação de personagem e game |
Escolha a face do seu personagem e tela de "Camp", onde você descansa e salva o jogo. |
Alguns inimigos dos 38 que você encontrará no game |
Tela de status, armadilhas e automapa |
Um dos enormes e assustadores chefes do game |
O engine é sólido e entrega um game bastante intenso graficamente, com texturas variadas, algumas inclusive animadas, nas paredes, chão e teto e uma movimentação suave. Os inimigos são variados, indo de goblins e cogumelos monstruosos a necromantes e trolls, todos grandes e detalhados, desenhados e animados à mão. Decepciona o fato de você nunca ver seu personagem tampouco suas armas (nem mesmo quando as utiliza), apenas seu efeito sobre os inimigos, que é um número representando o dano dentro de uma mancha de sangue. As músicas e os sons acompanham bem o clima e cada classe de armas apresenta um som distinto.
Um HUD mostra a arma em uso, armadura, saúde e magia. Também existe uma miniatura do automapa e ao pressionar os botões "Start" e "Stop" é possível vê-lo completo, bem como a sua tela de status e salvamento.
AD&D Slayer é um game que você deve jogar no 3DO, principalmente se for fã de RPGs em primeira pessoa com temas clássicos de fantasia. O americano long box é um pouco mais caro, mas as versões européia e japonesa rodam perfeitamente em qualquer console e não há dificuldade em terminar sem entender a linguagem oriental.
Curiosidades
- O manual é muito completo e possui 61 páginas, um dos maiores entre os games do 3DO.
- São diversos inimigos pelo jogo, mas apenas 2 tipos diferentes aparecem em cada fase.
- Ao chegar na porta que antecede o boss final, observe o desenho entalhado na parede acima dela. Ela mostra qual será o chefe que você enfrentará a seguir.
- Slayer tem uma continuação chamada Deathkeep, lançada em 1995 para 3DO e depois portada para PC.
- A capa do game permanece como uma das mais bonitas de toda a geração 32 bits. É uma pintura de Keith Parkinson, artista cujas imagens ilustram vários jogos e livros de fantasia, como por exemplo o game Everquest. Parkinson morreu em 2005.
- O produtor do jogo é Douglas Grounds, que também foi um dos produtores e programadores dos ports de Doom II, Quake e Duke Nukem para consoles.
Explore os calabouços para subir de nível e poder encarar os inimigos avançados |
A abertura tem um clima de fantasia típico de AD&D |
- O manual é muito completo e possui 61 páginas, um dos maiores entre os games do 3DO.
- São diversos inimigos pelo jogo, mas apenas 2 tipos diferentes aparecem em cada fase.
- Ao chegar na porta que antecede o boss final, observe o desenho entalhado na parede acima dela. Ela mostra qual será o chefe que você enfrentará a seguir.
- Slayer tem uma continuação chamada Deathkeep, lançada em 1995 para 3DO e depois portada para PC.
- A capa do game permanece como uma das mais bonitas de toda a geração 32 bits. É uma pintura de Keith Parkinson, artista cujas imagens ilustram vários jogos e livros de fantasia, como por exemplo o game Everquest. Parkinson morreu em 2005.
- O produtor do jogo é Douglas Grounds, que também foi um dos produtores e programadores dos ports de Doom II, Quake e Duke Nukem para consoles.
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No Brasil: Não é raro
Edições americana e japonesa de Slayer |