Um game visionário no estilo sandbox em uma cidade enorme que simulava um MMO, misturando personagens digitalizados e cenários poligonais, anos à frente do seu tempo. 
A história do jogo acontece em 2004. Nos anos 90, cientistas estudando uma tecnologia de projeção da mente através do ciberespaço descobrem uma mensagem de socorro onde uma mulher, mais tarde identificada como "Raven", explica que no futuro um gigantesco programa de realidade virtual chamado "Perfect" escravizou a humanidade, forçando as pessoas a lutarem incessantemente umas contra as outras até a morte cerebral. Não há como parar o sistema porque todos estão conectados. Eles precisam de alguém de fora para combatê-lo por dentro.
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| A mensagem de Raven |
Dr. Marcus Rand, o cientista por trás da pesquisa de projeção astral funda o PIC, siga em inglês para "Projeto para Comunicação Intertemporal", uma organização clandestina em uma instalação secreta faz o código funcionar e envia agentes para a tarefa. Perfect é um lugar hostil e brutal.
Um a um os quatro primeiros agentes tem seus cérebros fritados e morrem, mas o experimento continua. Você é o número 5 da fila.
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| Este sujeito, que interpreta Number 4, na verdade é um dos desenvolvedores do jogo |
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| Dr. Rand não perde tempo. Você é chamado para a ação com a cadeira ainda quente pelo corpo de Number 4 |
O Jogo
Dessa forma, lembrando um pouco "Matrix" (lançado dois anos depois) e "O Passageiro do Futuro" começa Immercenary, jogo exclusivo de 3DO lançado pela Electronic Arts e desenvolvido pela empresa Five Miles Out em 1995. O game pode ser descrito com um MMO offline. É importante lembrarmos que jogos como Half-Life, Quake e MMORPGs como Ultima Online estavam a anos do lançamento. A ação transcorre em primeira pessoa com elementos de RPG e transições filmadas com atores reais. O objetivo é derrubar o sistema de Perfect e libertar a humanidade, através da eliminação de Perfect One, o SysOp daquele mundo virtual.
Você assume a pele de "Number Five", o quinto "voluntário" a se aventurar em Perfect. Começa o jogo com um laser simples, um mapa e algumas armas básicas emergenciais, o seu personagem é fraco e o lugar é extremamente perigoso. No início você morre facilmente, uma coisa que afasta as pessoas do game. Quando atingido mortalmente você é resgatado pelos cientistas e volta ao laboratório, onde em cenas filmadas dão dicas e o orientam para os próximos saltos no ciberespaço.
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| Telas de status |
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| Campo de energia estática |
Rithms são os avatares das pessoas cujo corpo descansa em algum lugar no mundo físico, porém com a mente irremediavelmente presa no sistema e controlados por ele (belo salvador, você, ein?). Possuem classes de níveis variados que batalham entre si constantemente.
Ambiente
A ação do jogo se passa no "Garden", uma grande cidade virtual no centro de Perfect. Espalhadas pela cidade há "spires", pontos de onde irradiam um lasers com diferentes colorações que recarregam suas energias de forma independente, sendo o amarelo para defesa, vermelho para ofensa, azul para as duas coisas. A Agilidade recarrega sozinha, bastando você ficar parado. Existe um lugar neutro no centro do Garden chamado DOAsys, onde a energia recarrega de forma integral e os combates são proibidos. Lá você pode aprender muito sobre Perfect, seus habitantes, armas e fraquezas.
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| O DOAsys visto de longe |
Perfect tem ciclos de tempestade e calmaria, sendo que durante as tempestades todas as spires entram em modo de carregamento, se tornando nocivas para o jogador. Suas armas especiais também são desabilitadas e os chefes ficam livres para correr pela cidade, o que é um perigo. Inclusive o próprio Perfect One pode ser visto pelas ruas (mas torça pra não ver).
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| Medusa (Rank 11) |
Inimigos: A ameaça varia conforme o rank dos habitantes de Perfect. Quanto mais evoluídos, mas perigosos e maior a recompensa no campo de estática ao absorvê-los.
Há não um, mas 11 chefes (Veja o mapa com as localizações), sendo que os oito primeiros podem ser enfrentados a qualquer momento e em qualquer ordem. Os dois últimos (Loki e Raven) habitam o Estádio, que se abre assim que os demais forem derrotados. Não entre no Estádio sem ter certeza que conseguiu pegar tudo o que acha que pode precisar, pois ali inicia o ato final do jogo e você não poderá voltar.
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| Mapa |
Gráficos
O visual de Immercenary lembra as simulações em realidade virtual dos anos 90, espaços vastos e frios como vistos em "O Passageiro do Futuro" e "Johnny Mnemonic". Praticamente não existem loadings e o frame rate é travado em sólidos 24 fps (que é o padrão do 3DO). Os inimigos são sprites, alguns baseados em personagens poligonais e outros em pessoas digitalizadas.
Som
A trilha sonora é new age, lembra um pouco as músicas da cantora Enya. Os efeitos sonoros são variados e algumas armas em um bom sistema de som soam espetaculares. As vozes variam da humana dos Rithms mais avançados para a sintetizada e fria dos mais inferiores.
Controles
O mapeamento é eficaz sendo que por default temos no controle o mapa no C, lasers no A e B, podendo ser modificados. A resposta do direcional é rápida porém a esquiva, que fica nos botões L e R, não funciona nada bem.
Immercenary é um jogo único porém um tanto desbalanceado no início que aos poucos alcança o status de cult. A única forma de jogá-lo em sua plenitude é utilizando um console pois ainda não foi emulado completamente.
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| Raven aguarda você |
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No Brasil: Relativamente raro.
